sexta-feira, 13 de abril de 2012

Fábrica de tintas incendiada operava com licenças ambientais vencidas

Fábrica de tintas incendiada operava com licenças ambientais vencidas

Diário de Suzano ed.: 9175 - 13 de abril de 2012
A fábrica de tintas incendiada na tarde da última quarta-feira, em Itaquaquecetuba, funcionava com as licenças ambientais da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) vencidas. A confirmação foi passada ontem à noite, pela própria companhia.
Segundo a Cetesb, a empresa operava na recuperação de solventes - produto altamente inflamável e os responsáveis por ela não foram localizados até o momento. Posteriormente, a Cetesb deverá exigir a realização de uma investigação detalhada do solo e das águas subterrâneas para avaliar a possibilidade de contaminação da área.
As empresas da região que trabalham com materiais solventes, por obrigação, devem adquirem a licença de operação, que é renovada periodicamente.
Ainda ontem, técnicos da companhia estiveram nas instalações fábrica e acompanharam o trabalho de remoção dos resíduos realizado pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil do município.
Os técnicos devem acompanhar também a destinação final adequada desses resíduos que pode ser a incineração ou a disposição em aterro sanitário industrial, pois se trata de produto químico perigoso.
CAUSA De acordo com o eletricista e morador do bairro do incêndio, Antonio Carlos, a fábrica não contava com extintores ou qualquer outro tipo de material para combater as chamas e a provável causa da tragédia foi uma explosão elétrica. "Já entrei na fábrica e cansei de ver vários fios de alta tensão emendados em lugares perigosos. Esse local não estava preparado faz tempo, tanto é que quando os bombeiros chegaram, não encontraram nenhum hidrante ou máscara de oxigênio", critica.
BOMBEIROS Além da Cetesb, a fábrica não contava oficialmente com a aprovação do Corpo de Bombeiros para operar no local, que é considerado pelos moradores como impróprio para abrigar fábricas desse tipo.
"Não tem condições de uma fábrica como esta aqui. Nós sofremos todos os dias com o mau cheiro que vem de dentro dela", finaliza Carlos.

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